Alexandre era uma criança muito esperta e inteligente. Na rua os vizinhos diziam que ele seria um médico de sucesso. Na escola os professores viam nele um futuro advogado respeitado. O menino era a joia da família. Criado a pão de ló, leite com pera, danoninho. Cresceu carregado no colo. Constantemente saudado e louvado.
Foi um adolescente de pouca rebeldia. Garoto correto, com potencial.
Passou no vestibular para medicina, como o previsto. Encantou e enamorou muitas mulheres, como o previsto. Teve destaque, como o previsto. Mas então...
Após tudo isso, Alê, se sentiu dono do mundo. Achou que nada poderia o derrotar. Vivia a vida como se já tivesse conquistado tudo. Porém o garoto ainda era um estudante.
Acabou se jogando na noite, em festas homéricas com ricos e famosos. Deixou de lado os livros. Esqueceu os bons modos e ensinamentos da família. Virou um monstro.
O Pato teve um começo de carreira brilhante e promissor. Apontado por muitos como o 'novo Ronaldo'. Contratado pelo gigante Milan. Mimado pelo poderoso Berlusconi. Se perdeu no meio desse furacão. Ontem parece ter sentenciado sua carreira com aquela 'cavadinha' displicente. Largando a bola nas mãos de Dida, jogador símbolo de humildade e profissionalismo mesmo após vários anos de sucesso.
Hoje os antigos vizinhos e professores choram pelo desperdício do talentoso Alexandre. Hoje os amantes do futebol lamentam a decadência do jovem Pato.
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