1. SÍNDROME DO SOTAQUE ESTRANGEIRO
Após sofrer uma pancada ou qualquer outro tipo de lesão no
cérebro, as vítimas desse distúrbio passam a falar com sotaque francês… ou
italiano… ou espanhol. A língua varia, mas, na maioria dos casos, as vítimas
desconhecem o novo idioma. Segundo cientistas, a pronúncia não é efetivamente
estrangeira, só dá a impressão disso. Pesquisadores da Universidade de Oxford,
na Inglaterra, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em áreas do
cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças na entonação, na
pronúncia e em outras características da fala. Um caso bem recente da síndrome
do sotaque rolou com a britânica Lynda Walker, no mês passado. Após um infarto,
Lynda acordou falando com sotaque jamaicano.
2. SÍNDROME DE CAPGRAS
Após sofrer uma desilusão com o cônjuge, com os pais ou com
qualquer outro parente, a pessoa passa a acreditar que eles foram seqüestrados
e substituídos por impostores. O sintoma por vezes se volta contra a própria
vítima: ao se olhar no espelho, ela também acredita que está vendo a imagem de
um farsante. Neurose total! O problema tende a atingir mais pessoas a partir
dos 40 anos e suas causas ainda não são conhecidas. A síndrome foi descoberta
pelo psiquiatra francês Jean Marie Joseph Capgras, que a descreveu pela
primeira vez em 1923. Em graus mais extremos, a vítima acha que até objetos
inanimados, como cadeiras, mesas e livros, foram substituídos por réplicas
exatas.
3. SÍNDROME DA MÃO ESTRANHA
“Minha mão agiu por conta própria…” Essa desculpa usada por
alguns cafajestes pode ser verdadeira. A síndrome em questão alien hand
syndrome, em inglês faz com que uma das mãos da vítima pareça ganhar vida
própria. O problema atinge principalmente pessoas com lesões no cérebro ou que
passaram por cirurgias na região. O duro é que o doente não presta atenção na
mão boba, até que ela faça alguma besteira. A mão doida é capaz de ações
complexas, como abrir zíperes… Os efeitos da falta de controle sobre a mão
podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa qualquer, tarefa qualquer, como segurar
um objeto.
4. SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima,
fazendo com que alguns objetos próximos pareçam desproporcionalmente
minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra
inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na
obra, a protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se estivesse
numa “viagem” provocada por LSD. As vítimas da síndrome também vêem distorções
no próprio corpo, acreditando que parte dele está mudando de forma ou de
tamanho.
5. PICA
Esse nome também estranho não tem nada de pornográfico: pica
é uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer
coisa. E a pica a síndrome, é claro… faz exatamente isso: a pessoa sente um
apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras, tocos de
cigarros, tinta, cabelo… O problema atinge mais grávidas e crianças. Após
comerem muita porcaria involuntariamente, os glutões ficam com pedras
calcificadas no estômago.Em 2004, médicos franceses atenderam um senhor de 62 anos
que devorava moedas. Apesar dos esforços, ele morreu. Com cerca de 600 dólares
no estômago…
6. MALDIÇÃO DE ONDINA
O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas na
mitologia pagã européia. A doença, mais estranha ainda, faz com que as vítimas
percam o controle da respiração.
Se não ficar atento, o sujeito simplesmente esquece de
respirar e acaba sufocado! A síndrome foi descoberta há 30 anos e já existem
cerca de 400 casos no mundo. Pesquisadores do hospital Enfants Malades, de
Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um gene chamado THOX2B. O
sistema nervoso central se descuida da respiração durante o sono e o doente
precisa dormir com um ventilador no rosto para não ficar sem ar!
7. SÍNDROME DE COTARD
Depressão extrema, em que o doente passa a acreditar que já
morreu há alguns anos. Ele acha que é um cadáver ambulante e que todos à sua
volta também estão mortos. Em casos extremos, o sujeito diz que pode sentir sua
carne apodrecendo e vermes passeando pelo corpo… Na fase final, a vítima deixa
até de dormir e sua ilusão pode efetivamente se tornar realidade. O nome da
doença faz referência ao médico francês Jules Cotard, que a descreveu pela
primeira vez em 1880. Apesar de depressivo e certo de que está morto, o doente,
contraditoriamente, também pode apresentar idéias megalomaníacas, como a crença
na própria imortalidade.
8. SÍNDROME DE RILEY-DAY
Se você já sonhou em nunca mais sentir nenhuma dor, cuidado
com o que pede… As vítimas dessa doença não sentem dores, mas isso é um problemão.
Elas ficam muito mais sujeitas a sofrer acidentes porque param de registrar
qualquer aviso de dano nos tecidos do corpo, como cortes ou queimaduras. A
doença é causada por uma mutação no gene IKBKAP do cromossomo 9 e foi descrita
pela primeira vez pelos médicos Milton Riley e Richard Lawrence Day. Sem o
aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas comuns, a maioria dos doentes
com a síndrome de Riley-Day tende a morrer jovem, antes dos 30 anos, por causa
de ferimentos.
9. SÍNDROME DA REDUÇÃO GENITAL
Também conhecido como koro, esse distúrbio mental deixa a
pessoa convencida de que seus genitais estão desaparecendo. A maioria dos casos
até hoje foi relatada em países da Ásia ou da África, e em muitos deles a
síndrome parece ter sido contagiosa! Um dos episódios mais estranhos ocorreu em
Cingapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou centenas de casos
de homens que acreditavam que seu pênis estava sumindo. Um único caso da
síndrome da redução genital foi registrado até hoje no Brasil, no Instituto de
Psiquiatria da USP. Convencido de que seu pênis estava sumindo, o doente tentou
se matar com duas facadas no abdômen!
10. CEGUEIRA EMOCIONAL
A expressão “cego de emoção” existe na prática, e pode
acontecer com qualquer pessoa normal. O problema foi descoberto recentemente
por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Depois de olhar
para alguma imagem forte, principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria
das pessoas perde a vista por um curto espaço de tempo – décimos de segundo na
verdade. Até agora, nenhum especialista conseguiu explicar o porquê dessa
reação. A descoberta da cegueira emocional deu origem a um movimento no
Congresso americano para que seja banida toda a publicidade com apelo erótico
em grandes rodovias do país.
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