OZ – 1997
Mostrando o cotidiano de uma penitenciária americana, Oz foi a primeira produção original da HBO, lançada na metade de 1997. O conteúdo de extrema violência só se tornou viável graças ao sistema de assinaturas do canal, que dispensa o dinheiro dos anunciantes. Financiar suas próprias produções foi a maneira encontrada pela HBO de apresentar um conteúdo diferenciado, adulto e de qualidade para seus assinantes.
Se Oz não foi um grande fenômeno cultural como outras séries que vieram depois, ela foi a responsável por abrir as portas e mostrar que existia um público sedento por um conteúdo um pouco mais refinado e que não seguisse, necessariamente, os padrões impostos na TV aberta.
Família Soprano – 1999
Dois anos depois de mostrar o caminho com Oz, a HBO lança Família Soprano e consolida sua posição como “madrinha” desse movimento de qualificação da TV. Na série acompanhamos Tony Soprano, um mafioso de Nova Jersey que começa a sofrer com ataques de pânico e procura ajuda de uma psiquiatra. Ao longo das temporadas as tramas e meandros do mundo da máfia vão ganhando destaque, a medida que nos aprofundamos na vida dos personagens.
A série foi um grande sucesso, rendeu mais de 100 indicações ao prêmio Emmy e alertou de vez o mercado que a TV poderia ser o futuro do entretenimento adulto.
24 Horas – 2001
Você pode até não ser fã da correria diária de Jack Bauer, mas a série produzida pela FOX em 2001 (e que vai voltar em 2014) mostrou ao mundo que uma boa série de ação e espionagem pode ser produzida para a TV. Com cara de superprodução, 24 Horas inovou no formato, aos mostrar os eventos em “tempo real” e também ao trazer um grande nome do cinema para uma produção televisiva. Kiefer Sutherland estava fora dos holofotes mas foi o primeiro a aderir a debandada de atores menos rentáveis no cinema para a tela pequena. Se hoje é comum vermos nomes como Kevin Spacey, Laurence Fishburne e Kevin Costner atuando na TV, até o estouro de 24 Horas essa migração era sinal de fracasso na carreira cinematográfica.
Jack Bauer, mais do que salvar o mundo, mostrou que é possível para um ator fazer grande sucesso na televisão.
Lost – 2004
Esqueça o final de Lost (e se ainda não viu, deixe pra lá). Apesar das trapalhadas dos roteiristas e produtores, a série exibida pela ABC pode ter sido o primeiro grande fenômeno cultural transmídia a ter surgido nas telinhas. Exatamente na época da popularização da banda larga e dos torrents, a série tomou conta de fóruns, ganhou podcasts, blogs e muitas, mas muitas teorias a respeito de seus mistérios, o que só serviu para alavancar a popularidade do programa de TV. Se por um lado Lost sofreu com todas as limitações e restrições de uma série pensada para a TV aberta, por outro o barulho criado por sua trama virou o pote de ouro perseguido por 10 entre 10 produtores.
House of Cards – 2013
É impossível falar de revolução na TV sem citar House of Cards e a Netflix. E a razão é bem simples: a série produzida pelo serviço de streaming americano revolucionou o mercado no que se refere a distribuição e na forma como consumimos esse conteúdo. Assim como a HBO, Showtime e AMC, a Netflix passou a financiar produções próprias com a verba de suas assinaturas. A grande diferença é que o serviço digital não driblou com isso apenas as restrições de possíveis patrocinadores, mas também a grade de programação e a concorrência com outras séries transmitidas no mesmo horário. O assinante assiste quantos episódios quiser na sequência e na hora em que bem entender. House of Cards teve sua primeira temporada completa, com 13 episódios, disponibilizada na íntegra.
Ah… além disso a série é ótima e tem Kevin Spacey no papel principal, o que dispensa comentários.
(fonte: Páprica)
Nenhum comentário:
Postar um comentário