18 de abril de 2012
Coluna do Nuno - Busão!
Eu gosto de ônibus. Nele se encontra a essência humana. Quanto mais lotado, mais as pessoas se sentem anônimas e assim transformam-se em animais. Pisões, tapas, bolinações, cheiros ruins, cheiros bons, cheiros indecifráveis.
Alguns personagens são clássicos nos coletivos pelo Brasil, quiçá pelo mundo. Vejamos:
Motorista fanfarrão: Aquele que freia de maneira seca só pra ver o tombo da galera. Para fora do ponto quando é uma gostosa que necessita. Fala e sorri de um jeito extravagante.
Cobrador pagodeiro: Um gurizão com muito gel no cabelo e que dá em cima de todas as passageiras. Está sempre fuçando no celular. Volta e meia lança uma piada. Assuntos preferidos: mulher e futebol. Ah, hoje em dia o corte Neymar é característico deles.
Funkeiro: Se tornou persona no grata. Esse cara senta-se nos últimos bancos, retira um celular do bolso e começa a discotecar durante toda a viagem. Ninguém nunca o apresentou a um fone de ouvido. Uma pena...
Gostosa: É aquela que quando sentada sempre terá alguém de pé do lado olhando para os seus seios. E que quando de pé sempre haverá alguém que passará bolinando por ela.
Velha: A tia doença! Fala de desgraças, doenças, drogas, desastres naturais. E muitas banham-se em perfumes baratos e fortes.
Pobres, ricos, intelectuais, estudantes, velhos, novos. Todos estão ali viajando, locomovendo-se. É um dos maiores símbolos de uma sociedade.
Vâmô pega o busão!
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